sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A minha TV não se conteve, atrevida,
passou a ter vida olhando pra mim
Assistindo a todos os meus segredos,
minhas parcerias, dúvidas, medos
Minha tv não obedece

Não quer mais passar novela, sonha um dia
em ser janela, não quer mais ficar no ar
Não quer papo com a antena, nem saber
se vale a pena ver de novo tudo que já vi...vi

A minha TV não se esquece nem do preço,
nem da prece que faço pra mesma funcionar
Me disse que se rende à internet, em suma,
não se submete a nada pra me informar

Não quis mais saber de festa,
não pensou em ser honesta funcionando quando precisei
A noticia que esperava consegui na madrugada num site
flickr-blog-fotolog que acessei

A minha TV tá louca, me mandou calar a boca
e não tirar a bunda do sofá
Mas eu sou facinho de marré-de-si, se a maré subir,
eu vou me levantar
Não quero saber se acabo
nem se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi
Triste fico seriado, um bocado magoado
sem saber o que será de mim

Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua

Enquanto pessoas perguntam porque,
outras pessoas perguntam porque não
Até porque não acredito no que é dito,
no que é visto,
Ter acesso é poder e o poder é a informação,
Qualquer palavra satisfaz a garota, o rapaz
E paz, quem traz, tanto faz?

O valor é temporário, o amor imaginário,
a festa e o perjúrio
O minuto de silencio
é o minuto reservado de murmúrio,
de anestesia
O sistema é nervoso e te acalma
com a programação do dia
Com a narrativa
A vida ingrata de quem acha que é noticia,
de quem acha que é momento,
Na tua tela,
Quer ensinar fazer comida uma nação
que não tem ovo na panela
Que não tem gesto,
Quem tem medo assimila
toda forma de expressão como protesto!

Num passado remoto perdi meu controle
Num passado remoto perdi meu controle

Era a vida em preto-e-branco.
Quase nunca colorida, reprisando coisas que não fiz....
Finalmente se acabando feito longa, feito curta,
que termina com final feliz

Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua

Eu não sei se paper-view,
ou se quem viu tudo fui eu
Eu não sei se paper-view,
ou se quem viu tudo fui eu

domingo, 21 de dezembro de 2008

Nepal


Composição: Frederyko

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal existe uma praça
onde fica um monte de dinheiro
e quem precisa tira o que precisa
e quem ganha bota lá de novo
e lá não tem problema financeiro
e o povo é sempre muito ordeiro

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal a juventudo canta
e cultiva flores de outras terras
pinta o corpo de todas as cores
e procura sempre as coisas certas
No Nepal o casamento é livre
e os sinais nas ruas sempre aberto

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato


No Nepal o ar é cristalino
e a verdade vem dentro dos ventos
e o carinho rende juros fortes
e o povo vive só de renda
Te convido companheira amada
a fugir para o Nepal comigo

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

No Nepal tudo é barato
No Nepal tudo é muito barato

Som imaginário


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Siga que eu quero te ver voar.

É de tempo que eu preciso.
É de tempo que você também precisa.
Quem sou eu pra dizer o que devemos fazer, como devemos ficar, com quem devemos estar e de que maneira devemos nos comportar.
Nunca soube mesmo.
Tudo dentro de mim é sólido e sempre vai ser. Não é brincadeirinha ou joguinho não, é tudo verdade mesmo. E nem é preciso parar, investigar ou se esconder pra conseguir perceber.
Porém, a vida nem sempre nos entrega os sentimentos completos, na hora certa. A gente precisa crescer, entender e enxergar tantas coisas. E nada disso que estou falando é genérico não. É tudo específico pra mim.
Ferve uma vontade de estar com você. Borbulha a vontade de ter seu abraço. Matutando minha mente continua, desejando que você esteja bem. com pés no chão.
Um pássaro antes de voar pousa sobre algo. E começa a voar novamente. Ele não voa sempre a todo momento. Ele pára, constrói. Voa novamente. E seus vôos são sempre mais altos, construtivos e visitantes de lugares diferentes.
Preciso estar bem para estar com você. Bem, como eu sempre estive. Sem carga nenhuma. Com vontade de ser feliz.
Eu só preciso olhar pra você e sentir que você tem objetivo. E agora me falta esse olhar. E meu coração quentinho agradece por você ser tão compreensivo comigo.
Eu só quero que você viva e dê um passo de cada vez.
Essas palavras são apenas uma breve forma de colocar pra fora coisas que me esclarecem, e acredito que também fazem o mesmo efeito em relação a você.
Fica bem.
Não se esqueça de que meus olhos também te seguem.
Saiba : você não merece um descompasso.
se preocupe exclusivamente com você, em evoluir por si mesmo.Eu estou aqui de mente e coração aberto, e tenho certeza de que sua intenção jamais seria a de me machucar.
talvez seja por isso que estou segura e convicta de tudo o que pode vir daqui pra frente.
lembrando, isso aqui é só um pouquinho de mim.
Siga.

o que eu ia escrever nessa última linha é desnecessário, está implícito em meu olhar e você já sabe :)